sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Zeitgeist


The "Lass of Glenshee", fundo musical deste post, um tema celta tão belo, tão cristalino como a superfície inalterada de um lago nas Terras Altas, espelho e interface entre este e o mundo oculto, onde deparamos com a nossa verdadeira natureza...
"Espírito contemporâneo", Zeitgeist é mais que um documentário, é uma viagem ao nosso imaginário mais perverso, maquiavélico, em que tudo é possível, tudo é fazível, antes de ser filtrado pela moral social e ética massificadas.
Zeitgeist poderá não ser 100% novidade, mas antes uma compilação de evidências, uma explanação de assuntos que estão e sempre estiveram na ordem do dia.
Para ver com tempo, façam download, sentem-se confortáveis, de preferência depois de uma prática vigorosa e atenta...don't let the bugs byte!!!
Para ver em full screen, carregar na opção ao lado do volume...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Workshop de Medicina Ayurvédica 01 e 02 de Novembro


Ayurveda é o sistema nativo de medicina indiano. É uma medicina naturopática que dá ênfase à prevenção, mas também possui um vasto repertório de métodos curativos. Na Índia é praticado lado a lado com a medicina moderna (Feuerstein, 1998).
Auyrveda e o caminho óctuplo do Yoga de Patanjali têm em comum várias técnicas e conceitos. Autores e compiladores de compêndios de medicina eram partidários da tradição do Yoga e do Sâmkhya.
Neste workshop pretende-se que os participantes aprendam sobre a origem e objectivo do Ayurveda; os diferentes biotipos humanos de acordo com a Medicina Ayurvédica; como prevenir as doenças, como elas se formam e que tipo de tratamentos oferece para que o indivíduo possa ter uma elevada qualidade de vida.
Se para todos os interessados em curas naturais e auto-conhecimento é importante, para o praticante de Yoga, um estudioso da sua natureza, é imprescindível.
O Dr. Sandeep, especialista em ervanária, irá compartilhar o conhecimento de medicamentos caseiros que podem ser usados preventivamente no dia-a-dia, além da sua vasta experiência em prevenção de doenças.
No final do workshop, com duração total de 16 horas, será dado a cada participante um certificado de presença e material didáctico.
Para mais info, faça o download do pdf ou consulte o folheto de divulgação disponível no estúdio.

Orientação: Dr.Sandeep Shirvalkar, M.D. em Medicina Ayurvédica e Cirurgia pela Universidade de Puna, Índia. Professor de Pós-Graduação e Director Assistente em Preparação de Medicamentos, lecciona Herbologia na International Ayuvedic Academy.

Local: GAIA – Centro de Hatha Yoga
Av. Duque de Loulé, nº1 – 4ºdireito 1050 - 085 Lisboa
E: yogaeecologia@gmail.com T: 96 508 53 20

Horário (Sábado e Domingo): 09.30 – 13.00h; 14.30 – 19.30h

Custo: 160 €
Pagamento: assim que tiver informação de disponibilidade de vaga, poderá proceder ao pagamento.
Deverá fazer uma transferência bancária para o NIB 003502020003000540097, referindo no descritivo Ayurveda e 1º e último nome, caso o faça através da Internet. Solicitamos que envie um sms ou um email confirmando o pagamento para que a sua vaga fique garantida.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Pé


O que nasceu 1º? O pé ou o sapato? Gritava eu em surdina para a norma social… A minha filha de um ano já quer andar e se até agora gatinhava descalça pela casa, o mesmo já não se aplica com o caminhar na rua.
Entregava-me a estes pensamentos enquanto ela dormia durante um dos nossos passeios. O que será melhor: aprender a andar descalça ou aprender a andar com os sapatos calçados?
A anatomia do pé é fantástica, super adaptada à nossa postura bípede e locomoção, com as variantes do passo, marcha e corrida. Na Natureza, quando queremos identificar um animal pelos indícios de presença, um dos mais inequívocos são as pegadas e trilhos. O formato da pata, a biometria, os locais onde a pata toca no chão. Onde não toca são os arcos, desenvolvidos especificamente para que o indivíduo se movimente no meio ao qual está adaptado.
Vi-me a “andar” umas centenas de anos para trás para os Homo sapiens que usaram os primeiros sapatos: quando as primeiras populações chegaram a latitudes mais elevadas, cedo a selecção natural deve ter favorecido aqueles que, nas estações mais frias enrolavam peles à volta dos pés. Atalho de foice, deveria proteger mais a sola das irregularidades do terreno, favorecendo entre outras actividades a caça, tanto na água como em terra, as deslocações quando ainda nómadas ou transumantes, evitando feridas e posteriores infecções. Mais tarde, com a sofisticação do pensamento humano, o estatuto e sempre em nome da produtividade, acrescentaram-se as finas solas ao calçado, cuja espessura foi ficando tanto maior quanto mais sensível e fina ficava a pele da planta do pé. Se a sola fina já afectava muito a relação do Homem com o chão que pisava, a sola grossa aumentou o problema…o caminhar torna-se pesado, todos os arcos do pé se perdem e toda a anatomia se foi moldando a esta nova e fantástica descoberta (para os sapateiros, boticários e civilização em geral, claro, que isto de andar descalço é para selvagens). Quando falo de anatomia, tenho em mente que a alteração ou adaptação anatómica precede processos psico-fisiológicos e/ou vice-versa.
Assim, quando nas aulas falo aos meus alunos de “activar os pés”, formar o arco interno, externo e transverso, ficar no centro da perna, libertar a pélvis pela consciência dos pés, para os iniciados é muito, muito estranho. Olham para os pés que estão a milhas de distância, lá ao fundo, junto ao chão, longe do cérebro e pensam se realmente estou a falar dos pés que enfiam no sapatos todos os dias ou se será uma parte do corpo especial e desconhecida até então e à qual só os yogis dão importância por questões certamente esotéricas, leia-se freaks…Até porque se compram ténis caríssimos onde se compartimentam os pés para que fiquem bem protegidos…o que acontece é que perdem a capacidade de defender todo o corpo que se ergue tanto mais íntegro e longo quanto mais enraizados estiverem os alicerces. Como dizia Vanda Scaravelli “quanto mais profunda a raiz, mais alta se ergue a árvore”.
Conclusão? Felizmente o pezinho da minha filha é pequenino, não encontrei número que lhe coubesse de entre as marcas que valem a pena, portanto continua de pé nu a tentar caminhar pela casa ou meiinhas (será assim o diminutivo de meia?) anti-derrapantes…
Deixo uma pergunta: como seria o mundo se andássemos mais descalços?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Intensivo Hatha Yoga 25 de Outubro


O caminho do Yoga é longo, sinuoso e confuso do ponto de vista do indivíduo como parte de uma realidade aparente.
Quando mergulhamos na prática, fazendo dela o nosso dia-a-dia, verificamos como é simples, straight forward, como um fio de água cristalina continuamente caindo numa bacia dourada…
Neste intensivo pretende-se que o aluno entre em contacto e tome consciência de uma prática milenar, que sobreviveu até aos dias de hoje, continuamente em evolução e expansão e que vai muito para além do asana, mergulha nos conceitos e ética do Yoga, até ao lugar onde tudo se dissolve na matriz primordial.
Para participar deverá já ter prática de yoga.

Orientação: Antónia

Horário: 10.00 – 13.00h ; 14.00 – 16.00h

Os participantes não deverão tomar pequeno-almoço, sendo servido um desjejum frugal no estúdio. O almoço é leve.
Deverá trazer um agasalho e umas meias quentes. Se preferir, pode trazer o seu tapete de prática.

Nº de vagas: o nº de vagas é limitado a 10.

Custo: 30€

Pagamento: assim que tiver informação de disponibilidade de vaga, poderá proceder ao pagamento.
Deverá fazer uma transferência bancária para o NIB 003502020003000540097, referindo no descritivo Intensivo e 1º e último nome, caso o faça através da Internet. Solicitamos que envie um sms ou um email confirmando o pagamento para que a sua vaga fique garantida.


Até breve!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

The Stuff we are Made of...

Habituados à visão antropocêntrica da vida na Terra, temos dificuldade em compreender que o nosso planeta azul tem vida própria, com capacidade auto-reguladora, como um organismo vivo e que o conduzirá sempre, neste equilíbrio dinâmico, ao ponto próximo da linha recta do óptimo, onde a vida, tal como a conhecemos ou assumindo outra forma, irá sempre existir. A questão neste momento que vivemos é: haverá lugar para nós? As condições ambientais num futuro mais próximo que gostaríamos serão favoráveis à sobrevivência de organismos com os nossos requisitos ecológicos?
Então, nesta fase, ser eco-responsável é mais que gostar de fazer caminhadas, comer bio, ser macrobiótico ou vegetariano, fazer o caminho do yoga ou outras actividades holísticas que nos centram e nos tornam mais lúcidos, um pouco freaks para a maioria…é ter o instinto de sobrevivência à flor da pele e tornarmos-mos responsáveis pela nossa qualidade de vida e pela dos nossos filhos (se claramente não nos importamos com o destino da águia de olho azul, não me parece que façamos o mesmo com o cancro nos nossos bebés…).
Qualidade de vida é o direito a respirar ar e beber água mais limpos, comer alimentos livres de químicos, dormir quando devemos dormir e durante o tempo que fisiologicamente precisamos, sem sermos bombardeados com radiações invisíveis das antenas de telecomunicações, cabos de muita alta tensão, as inocentes luzinhas stand by dos ainda mais inocentes aparelhos que temos em casa, enfim, estar mais sintonizados com a Natureza, inquestionavelmente a nossa matriz.
Na palestra dada este fim-de-semana no Instituto Macrobiótico de Portugal pelo Francisco Varatojo, memorizei, entre outra, a seguinte informação: segundo dados estatísticos, nos EUA, no início do séc.XX a percentagem de cancro era de 1%. Hoje em dia, 1 em cada 3 norte-americanos tem ou virá a desenvolver cancro. Serão apenas os meios de diagnóstico que estão mais sofisticados? Bom, basta olhar à nossa volta e compreender que, independentemente da evolução da medicina, o nosso modo de vida é o oposto ao dos nossos avós e bisavós.
Estranho? Sim, é que qualidade de vida – o que não temos - é também o direito à informação nua a crua, o livre acesso sem censura aos estudos sobre a mais variada tralha que usamos no dia-a-dia e nos mata lentamente enquanto em transe ouvimos debates bombásticos sobre o descalabro da economia mundial…é o direito a toda esta informação e tempo, tempo para a assimilar e discernir, de um forma atenta, presente, entre o precisamos e o que nos fizeram desejar, sempre tomando em consideração que “eles” somos cada um de nós para o indivíduo que se cruza connosco na rua…

Enquanto tudo se cumpre, GAIA serenamente é, flutua no plasma imenso do cosmos, hoje como à 4MMA, acompanhada pela Lua.